Embora a escolha do sucessor do papa Francisco seja uma decisão exclusiva dos cardeais que se reunirão na Capela Sistina, do outro lado do Atlântico — mais precisamente na Casa Branca — uma movimentação política silenciosa tem ganhado força. O governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, não pretende apenas assistir ao desenrolar dos acontecimentos: quer influenciá-los.
Antes mesmo da morte de Francisco, ocorrida nesta segunda-feira (21), a administração republicana já articulava formas de emplacar no posto um aliado político, alguém capaz de reforçar, com chancela espiritual, a ordem cultural conservadora defendida por Trump.
A avaliação é de que um papa alinhado à postura do governo norte-americano ajudaria a legitimar seus ideais e contribuiria para difundi-los globalmente. A meta é eleger um pontífice que defenda valores religiosos tradicionais e a pauta antiaborto, se oponha ao movimento LGBTQIA+ e apoie o endurecimento das políticas migratórias.
Não é novidade que a postura de Francisco, mais inclinada a pautas progressistas, o colocou em rota de colisão com Trump em alguns momentos. E embora o papa não tenha preparado herdeiros naturais, suas atitudes definiram o perfil que ele gostaria que seu sucessor tivesse.
O conclave que definirá quem sucederá o papa ocorrerá na Capela Sistina e tudo o que acontece lá dentro será mantido sob sigilo. Os envolvidos ficam hospedados na Casa Santa Marta de forma reclusa, sem contato com o mundo exterior. Para que um novo papa seja eleito, são necessários dois terços dos votos.
Fonte: https://pleno.news/fe/conclave-donald-trump-quer-influenciar-escolha-do-novo-papa.html
RADIO MENSAGEM DA CRUZ
Jornalismo e Divulgação