Entre os mortos na operação israelense estão o general Mohammad Bagheri, então chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, e o general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária Islâmica — uma força de elite dentro da estrutura militar iraniana. A liderança iraniana não havia se pronunciado oficialmente sobre as mortes, quando Khamenei nomeou substitutos. O Estado-Maior passa a ser comandado pelo general Abdolrahim Mousavi, que era comandante do Exército, enquanto a Guarda Revolucionária será chefiada por Mohammad Pakpour, que liderava as forças terrestres do mesmo braço armado.
Gostaria de assegurar ao nosso querido povo que a bandeira que meus companheiros martirizados agitavam em suas mãos jamais cairá no chão — disse Mousavi em uma primeira declaração após a nomeação, segundo publicação da agência iraniana Mehr. — As Forças Armadas foram incumbidas pelo comandante em chefe de todas as Forças Armadas [líder supremo] de punir severamente os perpetradores, agentes e apoiadores desta agressão, e o sangue dos mártires não será derramado em vão, se Deus quiser.
Moradores de Teerã enfrentaram uma noite de terror e choque, cambaleando com as explosões em toda a capital iraniana e com a notícia de que altos comandantes militares, instalações nucleares e bases militares de segurança máxima haviam sido atacados por 200 caças israelenses. O Irã não era atacado por um inimigo estrangeiro com tamanha força desde 1989, quando o país estava em guerra com o Iraque.
A capital amanheceu vazia, a não ser pelas longas filas que se formavam em postos de gasolina e supermercados — um indicativo de que os iranianos se preparam para tempos incertos. A TV estatal denunciou que edifícios residenciais foram atingidos e que "várias pessoas" morreram, incluindo mulheres e crianças. Horas mais tarde, indicou que 50 civis ficaram feridos nos ataques, sem mencionar um número de mortos.
RMDC
Jornalismo e Divulgação